Pois é:
a poesia do Amadeu Baptista (e só pela nossa parte já lhe publicamos Negrume, Os Selos da Lituânia, Escalpe e, agora, este O Ano da Morte de José Saramago) mais do que justifica, merece, o silêncio soberano e circunspecto de Suas Excelências os comentadores da Primeira Divisão Poética, essa que paira dentro do Palácio Literário porque não sai dele nem à força de estrelas magnânimes. Querem ver porquê? — Salta uma amostra:
“Vejo-me como um homem calado, vejo assim os poetas, vemo-nos como homens calados que não podem estar calados, ou que estão cegos e não podem estar cegos, ou que não podem deixar de deambular na cidade, porque há uma pedra a levantar do chão, um povo a levantar, uma infância a levantar” [p. 12 de O Ano da Morte…]
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Capa e hors-texte: Ana Biscaia (que já assinara capa e bonecos de Negrume)
Tipografia da capa: Bazar, desenhada por Olinda Martins
48 pp.
Impressão: Gráfica Minerva
Tiragem: 300 exemplares
PVP: 11 €, uma fartura digna de Nobel.
1 comentário:
a propósito do excerto não será o poeta assim como uma "esperança" que não sabe se quererá passar a "cronópio"?
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