Bom dia. A maioria das capas dos livros da &etc, em grande parte rapinadas daqui, encontram-se nesta pasta.
Aos poucos serão colocadas aqui, com mais informações para cada livro.
E obrigado a todos pelos comentários e pelo eco que o blog parece estar a ter.
07/12/10
02/12/10
NÓS, & ETC
Janeiro, 1973: sai o 1.º n.º da folheca cultural q.b. &etc. 25 reincidências depois, puf!, dá-lhe o badagaio. Entre outras graças, o sistema de distribuição & comercialização conseguiu apresentar um número de devoluções superior ao da própria tiragem.
(A tempo: pelo andar da carruagem, ainda nos volta a acontecer o mesmo...)
Dezembro, 73: sai o 1.º livro &etc, de seu título Coisas. Todo um programa, aqui para nós fielmente mantido até ao momento:
– originalidade gráfica (o tal formato de 15,5 x 17,5 cm. com um quadrado lá dentro forçando ao cânone);
– tiragens magrinhas;
– preços a condizer;
– materiais pobres-mas-honrados;
– recusa total de subsídios estatais ou outros;
– política editorial tresmalhada mas com sentidos a piscar-o-olho;
– nada de reedições;
– nada de retribuições tipo copigaitas;
– nada de subserviências face às “imposições” (ditaduras) de indústria e de “mercado”.
Falência, pois, assegurada desde o ovo, mas orgulhosamente sustentada até hoje graças a muita raiva à mistura com um romantismo (também ético) sabidamente anacrónico.
Prestes a fazer 38 aninhos de misérias materiais e luxos daqueles de só fazermos o que nos dá no gôto, somamos para aí uns 340 títulos publicados, coisa pouca, menos de 9 títulos-média por ano.
Grande parte (metade?) desses títulos encontra-se esgotada – e é muito apreciada por coleccionadores e alfarrabistas.
A coisa a continuar assim, ainda havemos de publicar apenas livros esgotados logo à saída dos prelos: êxito garantido!
Mas, enquanto não, cá nos vamos entretendo a ler as listas dos livros alegadamente “devolvidos” pelas livrarias, mesmo aqueles que sequer chegaram a cheirar-lhes as prateleiras.
Por estas e por outras, estamos a inaugurar este contacto virtual com virtuais interessados.
Senhoras & senhores, Meninas & Meninos:
se desejardes (agarrados pelo rabo) adquirir algum livrinho &etc, porventura não encontrado nas livrarias do costume, favor encaminhar tão prestimoso desejo para as seguintes livrarias, estas nossas dilectas amigas:
– Letra Livre (email)
– Artes e Letras (email)
01/10/10
O PROLÍFICO E O DEVORADOR
Sim, um dos grandes autores (poetas) do século XX: W. H. Auden (1907/1973).
Pela mão (discreta, operária, talentosa) do poeta e tradutor Helder Moura Pereira, revelamos um trabalho pouco conhecido desse esquerdista radical, “porta-voz da sua geração” (anos 30 do século passado), que vem a entender o cristianismo como, de certo modo, uma forma de marxismo.
Da “Apresentação” de O Prolífico e o Devorador, citamos a titulo de esclarecimento:
Auden extraiu do Casamento do Céu e do Inferno, de Blake, a oposição entre dois tipos humanos básicos, e a identificação que faz do artista com o prolífico e do político com o devorador consubstancia a sua desafiadora recusa em interpretar o artista como estando ao serviço dos que modelam a história e como parasita dos que produzem. «O Agricultor – o Operário Especializado – o Cientista – o Cozinheiro – o Dono de Pensão – o Médico – o Professor – o Atleta – o Artista. Haverá, para além destas, alguma ocupação que se adeqúe ao ser humano?» Por oposição, os políticos, representados por «Juízes, Polícias, Críticos», constituem «as verdadeiras Classes Baixas, uma espécie de submundo clandestino do mais rasteiro que ninguém decente quererá receber em sua casa».
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Capa: VST/PS, sobre imagem de O Casamento do Céu e do Inferno, de William Blake
108 pp.
Impressão: DPI | Cromotipo
Tiragem: 300 exemplares
PVP: 15 €
01/09/10
O ANO DA MORTE DE JOSÉ SARAMAGO
Pois é:
a poesia do Amadeu Baptista (e só pela nossa parte já lhe publicamos Negrume, Os Selos da Lituânia, Escalpe e, agora, este O Ano da Morte de José Saramago) mais do que justifica, merece, o silêncio soberano e circunspecto de Suas Excelências os comentadores da Primeira Divisão Poética, essa que paira dentro do Palácio Literário porque não sai dele nem à força de estrelas magnânimes. Querem ver porquê? — Salta uma amostra:
“Vejo-me como um homem calado, vejo assim os poetas, vemo-nos como homens calados que não podem estar calados, ou que estão cegos e não podem estar cegos, ou que não podem deixar de deambular na cidade, porque há uma pedra a levantar do chão, um povo a levantar, uma infância a levantar” [p. 12 de O Ano da Morte…]
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Capa e hors-texte: Ana Biscaia (que já assinara capa e bonecos de Negrume)
Tipografia da capa: Bazar, desenhada por Olinda Martins
48 pp.
Impressão: Gráfica Minerva
Tiragem: 300 exemplares
PVP: 11 €, uma fartura digna de Nobel.
01/07/10
COISAS QUE NUNCA
Disseram-nos que em n.º recente da folha “JL” — essa que se péla por prémios, promoções e homenagens lusófonas — um escrevinhador selecto dedicou prosa analítica ao livro Coisas Que Nunca, da nossa incorrigível Inês Lourenço. Parece que gostou, parabéns a você. E parece que se esqueceu de informar os seus dela leitores que o livro Coisas que Nunca foi publicado cá pela chafarica, aliás como os anteriores Logros Consentidos e Disfunção Lírica — conhecem?
Ora quanto ao esquecimento do escrevinhador, só podemos sublinhar que tal muito nos honra: esqueça sempre.
E quanto à Inês: conte sempre.
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Capa. Pedro Serpa (c/ o Álvaro)
60 pp.
Impressão: Gráfica Minerva
Tiragem: 300 exemplares
PVP: 11,50 €
01/06/10
01/05/10
02/03/10
01/03/10
02/01/10
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